Perfil Cognitivo

Vivemos em um mundo de muitas mudanças em uma velocidade crescente. Neste contexto, nossa vida profissional e pessoal depende mais e mais de nossa capacidade de adaptação. Por isso, nossos objetivos de aprendizagem devem incluir sermos eficientes aprendizes ao longo da vida. Somente conseguiremos isso se nos dedicarmos a compreender como aprendemos.

Fatores de diversas naturezas, como: físico, ambiental, cognitivo, emocional, cultural e sócio-econômico influenciam este processo algumas vezes positivamente e outras negativamente. Entender como estes fatores nos afetam, conhecer os processos de aprendizagem e aprendermos a aprender é a principal arma para conquistarmos a flexibilidade e a lucidez necessária para lidar com as mudanças e essa nova realidade. 

Fazendo uma retrospectiva podemos rever a busca desse entendimento de tipos e processos de aprendizagem durante o século XX.

Em 1940, Katherine Briggs e Isabel Briggs Myers, mãe e filha, apoiados no trabalho de Carl Jung criaram o MBTI, um questionário que ajuda identificar um “perfil psicológico” e que hoje é utilizado para autoconhecimento, aconselhamento e desenvolvimento educacional e profissional.

Em 1985, Howard Gardner revolucionou o conceito de inteligência na área de educação quando apresentou a Teoria das Inteligências Múltiplas, quebrando o paradigma do que era ser inteligente até então. Mostrou ao mundo que existem múltiplas inteligências e que todos temos algumas inteligências predominantes e, não que algumas pessoas são mais inteligentes que outras. 

Durante muito tempo a ciência considerou o hemisfério esquerdo do cérebro o principal responsável por tudo que diferenciava o homem dos animais, pois descobriu que as funções da leitura e escrita estavam relacionadas ao hemisfério esquerdo. No entanto, outras descobertas posteriores mostraram que o hemisfério direito do cérebro não era secundário, mas que dominava importantes funções e habilidades.

Hoje, após mais de três décadas de pesquisas sobre os hemisférios cerebrais os neurocientistas concordam que os dois hemisférios se valem de métodos significativamente diferentes para governar nossas ações, compreender o mundo e reagir a tudo que acontece. Portanto, as funções dos dois hemisférios cerebrais são igualmente importantes e se complementam.